O apuramento dessa representação, associado à prática continuada, trará inevitavelmente a mestria.
Os Músicos
Um dos principais fatores na aquisição de novas capacidades é a representação mental dos objetivos. É necessário ter uma ideia clara do que é pretendido alcançar em qualquer fase da aprendizagem. Na música, essa representação adquire-se através da orientação de um professor, na escuta ativa, na atenção aos movimentos executados com precisão. O apuramento dessa representação, associado à prática continuada, trará inevitavelmente consigo a tão desejada mestria.
A vontade de aprender um instrumento musical nasce frequentemente da admiração pelos indivíduos que transformam a madeira e metal em canais de expressão artística. O instrumento é normalmente escolhido de forma instintiva. Temos uma ideia clara do timbre, da forma como é tocado, mas não temos uma ideia clara do processo. Temos uma representação mental do músico, do instrumento, do som que produz, mas não temos uma representação do caminho.
As representações mentais são como trilhos em campo aberto. É necessário encontrar o caminho mais curto para o objetivo imediato. É necessário percorrer esse trajeto inúmeras vezes. É necessário manter a motivação, mesmo sem ver resultados imediatos. Crer para ver.
O desenvolvimento da representação mental é um processo lento e progressivo. Envolve uma restruturação neuronal e uma adaptação física ao instrumento. Na prática, traduz-se num nível moderado de desgaste físico e mental, associado frequentemente a momentos de frustração.
A prática de um instrumento musical, fora do contexto de sala de aula, é um processo repetitivo e individual. Para um aluno adulto, requer períodos de isolamento e concentração. Para as crianças, é essencial encontrar o equilibrio entre a prática individual e acompanhada.
“Não percebo nada de música, não consigo ajudar”
É importante que os pais se envolvam ativamente no processo, incentivando a prática regular. Sendo o professor o elemento autoritário relativamente à correção dos exercícios, os pais devem investir algum tempo no papel de espectadores do processo, mesmo sem experiência musical. É importante perceber se a criança é capaz de gerir a repetição e a frustração sozinha ou se se deve pontualmente incentivar e elogiar.
Nesta fase é determinante o apoio e o incentivo de quem está mais próximo, especialmente com os alunos mais novos. A rotina e a repetição são fatores determinantes para o desenvolvimento de uma boa representação mental, pelo que o reforço positivo e organização do estudo por parte dos pais e educadores são essenciais para a evolução dos alunos. É necessário conciliar os momentos de descoberta com as fases de frustração e desgaste, ajudando no desenvolvimento de uma boa gestão emocional da criança.
Nesta época do ano, o Mundo divide-se em 2 grupos de pessoas: os que já têm as prendas de Natal todas planeadas e organizadas desde Novembro (ou antes!!) e os que começaram agora a entrar em stress porque ainda não trataram de nada e já só faltam 12 dias para o Natal (!).
Numa era em que o consumismo e o desperdício são, cada vez mais, assuntos da "ordem do dia", é urgente questionarmos os hábitos mais antigos, repensarmos as tradições e, acima de tudo, tentar fazer escolhas conscientes, tendo em conta um futuro sustentável para as próximas gerações.
Não quero, com isto, propor nenhuma sabotagem ao Natal - será difícil encontrar alguém com mais espírito natalício do que eu! -, mas sim repensar o desperdício que, infelizmente, anda de "mãos dadas" com esta época do ano. Esta atitude pode ser posta em prática em diferentes contextos - e porque não durante todo o ano?! -, mas a reflexão de hoje vai para o tópico "PRESENTES DE NATAL".
Por isso, a pensar especialmente no segundo grupo de pessoas - aquele que ainda anda à volta da lista de presentes para a família e amigos -, criei uma pequena lista com ideias (todas úteis e sem qualquer tipo de futilidade!), para todas as carteiras e a pensar nos Músicos, mas também nos amantes de Música.
1. Acessórios e gadgets
Dependendo do instrumento de eleição do Músico em questão, há inúmeros acessórios que fazem sempre falta a qualquer amador ou profissional desta área. Um metrónomo, um afinador, um conjunto de cordas ou um kit de limpeza para a guitarra, uns auscultadores de qualidade (esta também é válida para os "não músicos") são alguns dos "básicos" que todos os Músicos devem ter.
2. Instrumento musical
Esta não é uma ideia para todas as carteiras, é verdade! Mas porque não juntar toda a família para oferecer um piano ao sobrinho que começou a ter aulas este ano? Ou um microfone para a amiga que tem aulas de canto?
Podem sempre aconselhar-se com a escola de música que frequentam ou mesmo na loja de instrumentos relativamente às marcas e modelos que melhor se adequam às necessidades do Músico, bem como à vossa carteira.
Sejam miúdos ou graúdos, não faltam opções para todas as idades e preferências: um Mês Experimental para quem não sabe qual o instrumento que quer aprender, aulas de Iniciação Musical para Bebés e Papás, Expressão Musical para os mais pequenotes, Piano, Violino, Guitarra, Canto, Bateria, Musicoterapia, Coro.... Podem optar por oferecer uma experiência, a inscrição na Academia ou - se forem uns mãos largas - algumas mensalidades para dar início às aulas.
Já vos falámos um pouco sobre esta ideia aqui mas, sozinho ou com um professor, não há nada como ocupar o nosso tempo livre com uma das atividades mais recompensadoras que o ser humano criou.
Visitem a Academia de Música de Miraflores e venham fazer parte da nossa Família Musical!
Indeciso sobre o que pedir ou oferecer este Natal? Escolha um instrumento musical, um que realmente goste, que sempre sonhou tocar. Sozinho ou com um professor, ocupe o seu tempo livre com uma das atividades mais recompensadoras que o ser humano criou.
Por vezes sentimos que a música é um fenómeno místico, que viaja por um meio invisível, agitando emoções intangíveis que desconhecíamos em nós. O músico, profeta do meio sonoro, é alguém com um dom recebido à nascença, capaz de apaziguar ou agitar os ânimos com gestos precisos e coordenados.
Tal como o ser humano, que surge aparentemente do nada, a partir de duas simples células, todas as nossas capacidades surgem de uma simples ideia, uma vontade. O som de um instrumento é produzido por um mecanismo simples, o cérebro e o corpo são elementos plásticos à mercê das nossas ordens, a música é um fenómeno de relações matemáticas elementares, ao alcance de todos.
Tudo começa com uma intenção: A vontade de aprender a tocar um instrumento; com uma ação: ‘Pai, quero tocar guitarra’, ‘Vou inscrever‐me n'Os Músicos – Academia de Música de Miraflores’; com um compromisso: Investir num instrumento que será o nosso veículo. A partir daí, nota a nota, é crer para ver. Mantendo‐nos focados e pacientes, a música inevitavelmente chegará.
E com ela surge um novo universo de conceitos e ideias. De repente, o nevoeiro dissipa‐se e apercebemo‐nos da pureza e simplicidade da composição musical, das relações entre os sons e, principalmente, da descoberta de uma capacidade que julgávamos inalcançável.
Produzir um som é fácil. Dois sons, também. Três sons, é música. Bom 2020.